Aprender não é um verbo que deve ser utilizado no infinitivo e sim, no gerúndio. Estar sempre aprendendo é muito importante para o desenvolvimento pessoal e profissional. Por isso, é muito importante que as empresas invistam em um bom planejamento de T&D.
Se manter em constante atualização não é apenas mais um diferencial a ser utilizado em entrevistas ou nos currículos. Em um mundo de constantes mudanças e evoluções, é essencial estar a par dos novos conhecimentos e tendências.
Além disso, o estudo capacita, especialmente, para a antecipação de problemas e criação de novas soluções, tornando os colaboradores mais competitivos e aptos para desafios cada vez maiores.
O conhecimento está em toda parte, livros, cursos, internet, etc. Porém, muitas vezes, no cotidiano de trabalho, os colaboradores podem não conseguir se organizar para estudar, ou, não conseguir reter aquilo que está estudando devido a um planejamento ineficiente de T&D.
Dessa forma, é importante que os Programas de Treinamento e Desenvolvimento estejam presentes na agenda das empresas como uma prioridade. Afinal, um time de alta performance sempre será um ativo valioso.
Principais erros no planejamento de T&D
Steve Glaveski, autor de Time Rich: “Do Your Best Work, Live Your Best Life”, CEO da Collective Campus, especialista em inovação corporativa e apresentador dos podcasts Future Squared e Workflow, indicou em um artigo os principais erros na hora de planejar os programas de treinamento e desenvolvimento nas empresas.
São eles:
Motivação errada
É importante criar uma cultura organizacional que valorize o estudo como uma ferramenta de melhoria. Mais importante do que aprender para conseguir um novo tópico no currículo ou para conseguir uma promoção, é se manter atualizado, capacitado e confiante na posição ocupada.
Não utilizar temáticas que fazem parte do cotidiano dos colaboradores
O aprendizado é melhor aproveitado quando ele se mostra como algo verdadeiramente necessário ou que agregue valor para uma situação atual.
Grande parte dos treinamentos oferecidos pelas empresas abrangem temas genéricos, fazendo com que o colaborador não se sinta engajado e motivado com o aprendizado. Aposte em temas de grande relevância.
Esquecer o que aprende por não colocar em prática
Segundo o psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus, que foi pioneiro em estudos sobre a memória, descobriu a famosa “Curva do Esquecimento”. De acordo com essa teoria, esquecemos cerca de 75% de tudo o que aprendemos em apenas 6 dias se não aplicarmos esse conhecimento.
Como fazer um planejamento de T&D eficiente
Segundo dados do Panorama do Treinamento no Brasil – 2020/2021, da ABTD, o investimento em T&D nas empresas brasileiras está aumentando. No entanto, ainda é um orçamento bem menor do que o praticado nos Estados Unidos, por exemplo.
Enquanto as empresas americanas gastam cerca de USD 1.302 por colaborador, as empresas brasileiras investem cerca de R$ 997 (2019).
Sendo assim, além de aumentar o investimento no treinamento e desenvolvimento dos colaboradores, também temos mais algumas dicas para obter melhores resultados, ainda no artigo de Steve Glaveski.
O autor apresenta o conceito de “abordagem enxuta”, enfatizando o esforço apenas quando ele é necessário, reduzindo desperdícios e otimizando resultados.
O nome dado a essa abordagem é “Aprendizagem Lean” e ela tem como foco principal:
- Aprender o que realmente é necessário;
- Aplicar o conhecimento em situações reais;
- Receber feedbacks a fim de refinar a compreensão do tema;
- Repetição.
Dessa forma, para um planejamento assertivo de T&D, as empresas devem iniciar o planejamento baseadas em dois aspectos:
- Fatores internos: motivação dos colaboradores, processos burocráticos, cultura organizacional, momento empresarial;
- Fatores externos: crises econômicas e até sanitárias, como a pandemia, concorrência e cenário do mercado atual.
Com estes fatores alinhados, podemos seguir com o planejamento seguindo as seguintes etapas:
1º Diagnóstico: o que a empresa precisa para crescer?
2º Planejamento: qual o plano de ação para atingir as metas definidas na etapa anterior?
3º Implementação: como o conhecimento será aplicado, levando em conta a gestão da mudança?
4º Avaliação: feita de acordo com os indicadores alinhados nas primeiras etapas.
Com tudo isso definido, é possível criar um planejamento de T&D que será, no curto, médio e longo prazo benéfico para os negócios, ao mesmo tempo em que o colaborador fica engajado com o processo de aprendizagem.
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5 comentários em “Como ser efetivo no planejamento de T&D”