A segunda semana de outubro começou com uma notícia surpreendente: Claudia Goldin, professora da Universidade de Harvard, recebeu o Prêmio Nobel de Economia de 2023 por seus trabalhos sobre mulheres no mercado de trabalho. Aos 77 anos, ela é a terceira mulher a vencer o prêmio desde a primeira edição, em 1969.
Seus estudos mostraram que, um dos motivos para que ainda haja uma grande disparidade salarial entre homens e mulheres atualmente, está relacionado à fase da vida na qual as mulheres se veem obrigadas a tomar decisões cruciais para suas carreiras. Ainda jovens, elas precisam fazer escolhas significativas, como a questão da maternidade, por exemplo.
No artigo de hoje, você vai conhecer mais sobre os trabalhos realizados pela co-diretora do Grupo de Estudos sobre Gêneros na Economia do National Bureau of Economic Research (NBER).
Vamos lá?
Conheça a pesquisa realizada por Claudia Goldin
A pesquisa de Claudia Goldin utilizou mais de 200 anos de dados dos Estados Unidos para analisar a participação feminina no mercado de trabalho. Contrariando as expectativas da pesquisadora, essa participação não seguiu uma trajetória linear, mas sim uma curva em forma de “U”.
Até o século XVIII, elas estavam integradas ao ambiente profissional devido à dinâmica social da época, trabalhando nas propriedades familiares em uma sociedade agrária.
No entanto, no início do século XIX, com a transição para uma sociedade industrial que incentivou o trabalho fora de casa, a participação das mulheres casadas no mercado de trabalho diminuiu drasticamente.
A situação se transformou novamente no início do século XX, à medida que o setor de serviços ganhou importância, atraindo-as de volta ao mercado de trabalho. Nesse período, houve um aumento significativo nos níveis de educação das mulheres, que ultrapassaram até mesmo os níveis de escolaridade dos homens em países desenvolvidos.
Além disso, Claudia Goldin destacou o impacto significativo da disponibilidade da pílula anticoncepcional na aceleração dessa participação, pois ofereceu a elas a capacidade de planejar suas vidas e carreiras de forma mais eficaz.
Apesar da oportunidade de planejamento familiar proporcionada pelo método contraceptivo, a maternidade ainda pode acentuar a disparidade de gênero no mercado de trabalho. Isso ocorre devido às dinâmicas persistentes que tendem a dificultar a ascensão profissional das mães.
Em nota, a instituição responsável pela premiação afirmou que: “Historicamente, grande parte da disparidade salarial entre homens e mulheres poderia ser explicada por diferenças na educação e nas escolhas profissionais. Contudo, Goldin demonstrou que a maior parte desta diferença de rendimento ocorre agora entre mulheres que exercem a mesma profissão, mas que surgem em grande parte com o nascimento do primeiro filho”.
Como vencedora do prêmio, Claudia Goldin receberá o prêmio de 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de US$ 999 mil.
Por que é importante investir em diversidade de gênero nas empresas?
Assim como dito anteriormente, Goldin é a terceira mulher a receber o Prêmio Nobel de Economia. Essa conquista se mostra ainda mais importante quando percebemos a notoriedade que suas pesquisas sobre diversidade de gênero no mercado de trabalho receberam.
Isso porque este é um assunto de extrema relevância e que vem ganhando cada vez mais força nos últimos anos. As empresas têm percebido que gestões que investem em diversidade são mais propensas a estarem sempre inovando e se destacando no mercado, devido às diferentes perspectivas e ideias que seus colaboradores possuem.
No entanto, nós sabemos que manter equipes diversas tem sido um grande desafio para organizações de todos os portes e segmentos. Agora, mais do que nunca, profissionais de R&S e gestores devem estar atentos e preparados para realizar processos seletivos que busquem balancear o quadro de colaboradores, se quiserem se manter relevantes em relação à concorrência.
Pensando nisso, a The Foursales Company desenvolveu um e-book com dados e insights para direcionar recrutadores e gestores que gostariam de entender mais sobre o impacto da diversidade de gênero nos negócios, mas possuem dificuldades em tornar suas empresas mais inclusivas.
Em nossa pesquisa, liderada e produzida pelo time de mulheres da holding, você poderá conferir:
- Uma análise do contexto atual da diversidade de gênero em R&S;
- Dados de mercado embasados em nossa avaliação de mais de 300 mil candidatos nos últimos 10 anos;
- Olhar de nossas especialistas e headhunters;
- Exemplos reais em cultura de diversidade, com os cases de nossos clientes ZEISS e Magalu.
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