Qualidade de vida no trabalho é um tópico que há algum tempo, é prioridade nas análises e investimentos na área de RH.
Assim como o Employer Branding e o Employee Experience, são percebidas como estratégias de negócio e gestão, assim como a felicidade corporativa também deve ser.
A felicidade, por ser difícil de mensurar e, até mesmo de compreender, se torna algo utópico e subjetivo. De fato, a felicidade é responsabilidade de cada indivíduo.
Dessa forma, cabe a cada um o significado próprio e a sua busca. Contudo, quando pensamos em felicidade corporativa, o envolvimento de todos os gestores e stakeholders é fundamental para bons resultados, tanto na produtividade de maneira geral e na retenção e aquisição de talentos.
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Benefícios em promover qualidade de vida no trabalho
Um estudo do Center for Positive Organizational Scholarship, da Universidade da Califórnia, mostra que um colaborador feliz é, em média, 31% mais produtivo, três vezes mais criativo e suas vendas são 37% mais elevadas, em comparação com outros.
Ademais, outro estudo realizado pela Right Management mostrou que o nível de produtividade dos funcionários pode aumentar em até 50% em organizações que investem no bem-estar e no estímulo positivo de seus colaboradores.
Já uma pesquisa da Harvard Business Review mostra que pessoas felizes são 300% mais criativas e inovadoras. Estudos do Instituto Gallup revelam que colaboradores engajados e com alto nível de satisfação perdem 70% menos dias trabalhados ao longo de um ano e são mais propensos a não faltar por problema de saúde.
Outros benefícios para colaboradores felizes
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que atualmente 5% dos adultos do mundo sofrem de depressão e que, de acordo com os dados da organização, ela se tornará a doença mais comum em 2030.
A OMS também declarou que o número de casos de depressão aumentou em 25% desde a pandemia. Sendo uma das principais causas de pedidos de demissão, aumentando a taxa de turnover, o que – evidentemente – é péssimo para qualquer organização.
Mas, será que programas de mindfulness, yoga, acompanhamento psicológico bastam para cuidar da felicidade dos colaboradores?
Tudo indica que não. Tratar a felicidade é algo mais profundo e deve ser pensado a longo prazo. Segundo Shawn Achor, autor de O Jeito Harvard de Ser Feliz, “felicidade é a alegria que sentimos quando buscamos atingir nosso pleno potencial”.
Além disso, “felicidade leva ao sucesso e realização, não o contrário”.
E, também, segundo a definição de Sonja Lyubomirsky, autora de A Ciência da Felicidade, “Felicidade é a experiência de contentamento e bem estar, combinada com a sensação de que a vida possui sentido e vale a pena”.
Como promover a felicidade no ambiente de trabalho?
O colaborador deve entender o real sentido de seu trabalho, deve estar ciente de que suas atividades são reconhecidas como parte do sucesso da organização.
Ou seja, emoções positivas devem cercar o ambiente de trabalho e proporcionar um senso de pertencimento.
Além do propósito do próprio colaborador com suas práticas diárias, a organização deve ter um propósito bem definido para haver essa identificação.
De acordo com outra pesquisa da Harvard Business Review, as pessoas empregadas em empresas com propósito relatam quase o dobro da satisfação no trabalho e são três vezes mais propensas a permanecer naquela organização.
É uma relação direta com a cultura organizacional e como o colaborador a percebe em seu dia a dia. Colaboradores engajados vestem a camisa e têm o sentimento de dono, procuram melhorar seu desempenho constantemente e sentem-se motivados a implementar inovações.
Importância da cultura organizacional na qualidade de vida no trabalho
Um ambiente que inspira a transparência e a preocupação genuína pelas pessoas, proporciona mais confiança e segurança psicológica, influenciando diretamente a felicidade corporativa.
Assim explicou Renata Rivetti, diretora da Reconnect Happiness at Work, no programa Gestão de Pessoas, da Foursales. Ela também aponta as seguintes ações a serem implementadas:
- Valorizar os pontos fortes dos colaboradores;
- Celebrar as conquistas;
- Investir em desenvolvimento;
- Aumentar a empatia;
- Dar flexibilidade e autonomia.
A felicidade corporativa vai além de programas e cursos. Um ambiente corporativo feliz é alimentado no cotidiano, nas interações, no reconhecimento e nas celebrações.
Essa importância dada para aumentar a felicidade de todos os envolvidos com a organização reflete em produtividade, resultados, lucros, relações com clientes e colegas, diminuição de turnover e absenteísmo.
Ou seja, como diz Shawn Achor: “Você não precisa de sucesso para ser feliz, mas precisa ser feliz para ter sucesso.”
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